terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quase sem dar notícia porque...

Da mesma forma que mal tenho postado sobre a gestação, mal tenho me ocupado com ela. Segunda gestação não leva o mesmo peso de preocupação, curiosidade e nem tempo! Ainda mais que estamos mudando de casa, então passo o tempo pesquisando muito mais sobre cozinha Itatiaia do que sobre assuntos de bebê.
Confesso que não vejo a hora de estar com a casa pronta e o bebê nos braços. Essas semanas que não passam.... Hoje estou na vigésima quarta. Ainda falta um bocado. O consolo é que, ao aproximar do fim do ano, parece que passa mais depressa com as comemorações e viagens. Estamos programando uma ida à Bahia para visitar meu pai e espairecer. Arthur não vê a hora de deitar numa rede sem ter hora pra ir trabalhar. E eu estou doida pra fazer umas fotos barrigudas na praia. Ah, estive em Carrancas com Aurora e meu amigão (e padrinho da bebê sem nome!) Danilo, e subestimei o sol. Resultado: minha barriga queimou mais que o resto do corpo, por ser uma protuberância e tanto. Grávidas, usem protetor solar! Vou me lembrar disso na Bahia...


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Limitações de grávida

Coisas que já não consigo fazer:
- deitar de barriga pra cima com apenas um travesseiro na cabeça. O tal diafragma deve estar sendo comprimido pela barriga..
- fazer o número 2 diariamente e naturalmente. Esse sulfato ferroso é tenebroso. Ir ao banheiro agora requer tempo, concentração, força e mais força. :/ Eu até não estava tomando, justamente por causa desses efeitos, mas meu exame de sangue mostrou uma anemia, então façamos o que precisa ser feito para controlar os níveis de ferro no sangue...
- abaixar, estando sentada, para pegar algo no chão, sem abrir bem as pernas e fazer um sonoro "aaahhhh"

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

As gestantes e o parto

Ser uma gestante que quer um parto normal parece coisa de E.T. no Brasil. De vez em quando você até ouve um "Isso mesmo! Eu tive não sei quantos partos normais e foi ótimo, recomendo!", mas o comum mesmo é ouvir "Nossa, você é muito corajosa..." ou até mesmo ouvir de uma obstetra "Mas... por que você quer isso?" quando você diz que quer parir em casa, sem anestesia.
E coordenar um grupo de gestantes nessa conjuntura é, muitas veze,s frustrante, porque vejo como as mulheres têm medo do parto e, pior ainda, como não querem se livrar desse medo. Acham que a cesariana é mesmo uma salvadora, que as poupa da dor e de protagonizar um evento tão importante. Elas preferem mesmo delegar ao médico toda responsabilidade e, depois, toda glória por uma cirurgia bem sucedida. Os médicos, por sua vez, por maldade ou ignorância, não sei, na maioria das vezes passam para as mulheres a impressão de que a cesariana é uma cirurgia super segura e que não traz prejuízos para a mulher e para o bebê - e isso é uma mentira!
Levadas a acreditar nessa falsa ideia, as gestantes cedem muito mais facilmente à cirurgia de extração fetal. Os estudos mostram que no início da gestação 80% das mulheres deseja um parto normal, muitas vezes pensando apenas na recuperação pós-parto. Mas sabe quantos partos normais acontecem hoje no Brasil? 48% do total. O que acontece que desencoraja essas mulheres de continuarem desejando parir? E por que algumas desde o início dizem querer uma cesariana?

As opiniões das gestantes são mais ou menos assim:

"Eu quero uma cesariana."
Seja lá qual for o motivo que te levou a essa decisão, está claro que seu médico não te passou dados sobre essa cirurgia e o quanto ela coloca você e seu bebê em risco (3 a 5 vezes mais chance de morte pra você e pro seu bebê do que se fosse parto normal, ok?). E está claro que você também está pouco se importando com isso, afinal o que importa mesmo é não sentir dor (oi? pós-cirúrgico é um sonho, né?) e saber a data certa para se programar (independente do bebê ser prematuro, afinal com 38 semanas ele já está prontinho! Mesmo que precise ficar na UTI...).

"Pra mim tanto faz o tipo de parto."
Então vai ser cesariana porque seu médico vai te induzir a isso. Pode não ser no começo da gestação, mas no final ele irá encontrar um "motivo" e marcar a data, com certeza.

"Eu quero parto normal, mas estou muito ocupada pra me informar e participar de grupos de apoio (reais ou virtuais)"
Se você acha que seu parto vai ser normal só porque você quer, então vai ser cesariana (a menos que você chegue com a cabeça da criança pra fora). Pelo mesmo motivo acima: no final da gestação o médico vai te dar um "motivo" que precisa ser cesariana. E você não vai arriscar que seu filho morra com o cordão enrolado no pescoço, ou que não passe porque é muito grande, ou bla bla bla...

"Eu quero parto normal e quero me informar pra ter o meu parto!"
Bem-vinda a um universo de muito estudo e de correr atrás. Porque no Brasil não é normal ter um parto normal. E se você estiver despreparada, irá sofrer todo tipo de violência obstétrica. Informação é tudo e esse é um caminho sem volta. Mas que vale a pena. Você irá praticamente ser uma obstetra sem diploma, vai entender tudo de fisiologia do parto, de indicações reais e fictícias de cesarianas, de posições para o parto, e irá se tornar uma mulher que não abaixa a cabeça sem que te provem que aquilo realmente será bom para você e seu filho. Você será uma leoa, empoderada, uma mulher diferente do que foi até hoje. Independente do seu parto vir a ser uma cesariana no final, você saberá que foi uma cesariana bem indicada. Uma vez que você entra no caminho do parto natural, para entendê-lo e ir atrás dele, isso já te transforma como mulher, como mãe.
E... se quiser seguir esse caminho, pergunte-me como. ;)


Já que toquei no assunto, segue a lista de indicações reais e fictícias de cesarianas:
http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html


Seguirei lutando para mostrar ao mundo que parir é natural, que é bom, que é seguro! E que pode ser, sim, lindo!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ultrassom morfológico

Como na gravidez passada tive um falso diagnóstico de pouco líquido amniótico, eu tomei birra de ultrassom. Comecei a achar que são exames do mal, imprecisos e que só servem pro médico arrumar desculpa pra cesariana.
Nessa gestação, até agora, eu havia feito o primeiro ultrassom, para determinar idade gestacional, já com 11 semanas, para poder fazer junto a translucência nucal. Ganhei um retorno pra ver o sexo do bebê e não pude evitar! Mas aí, há algumas semanas, precisei decidir se faria ou não o ultrassom morfológico. Claro que é ótimo ir e descobrir que está tudo bem, tudo formadinho, líquido ok, placenta ok... mas... e se desse algum dado fora do padrão? Como será que isso poderia me abalar? Como será que isso poderia atrapalhar meu parto domiciliar?
Fui conversar num grupo do Facebook com outras mulheres, para saber se haviam feito o morfológico. Algumas relataram que não, outras que sim, e algumas ainda disseram que foi super importante pra descobrir uma má-formação no coração ou na bexiga, porque o bebê precisaria de atendimento logo ao nascer. Me convenceram. Agendei pra hoje e fui lá de manhã fazer.
E, ufa, para noooossa alegria, tudo absolutamente normal, perfeito!
Ah, e é mesmo uma menina! (Eu sempre fico desconfiada até ver pela segunda vez. Que bom que não vamos precisar vender o enxoval. Que ruim que ainda não temos nome decidido!)

Agora, se não houver uma indicação médica clara, esse terá sido o último ultrassom dessa gestação. Estou com 23 semanas e, depois das 30 semanas, o ultrassom perde muito sua eficácia e começa a dar falsos positivos.
Então, é isso.. pra ver perninha mexendo e mãozinha na boca, agora, só quando ela nascer. :)